sexta-feira, 17 de junho de 2011

CORAÇÃO ARDENTE (Dartagnan Fireman)

Pouco sei dessa inocência,
Meio mulher, meio menina
Que na noite, na madrugada,
A mim, mais e mais, fascina...
Com notável inteligência,
Todo meu foco domina,
Silente e bem humorada,
Dizendo aprender, me ensina.

Olhos pequenos, brilhantes,
Que expressam com lucidez,
A mágoa que antes houvera,
A mais recente alegria...
Falando quase em rompantes,
Ruboriza, ainda a tez
E qual flor na primavera,
Prenuncia o mais lindo dia.

Mal sabe a menina-moça
Que ilumina a noite vazia,
Enchendo de alegria
Um homem adormecido,
Renova em mim toda força
De ser outra vez vivente
Faz meu juízo sofrido
Acordar o coração dormente.

Que não me falte a decência,
Quando a força pra resistir, declina
Que eu possa ser como antes...
Coragem, honradez e força
Que eu possa à criança-mulher
Retribuir o presente,
Mantendo pulsante e vivo,
Seu doce coração ardente.

Um comentário:

Fernandinha disse...

Roubei essa poesia e coloquei no meu blog, Dr. Dartagnan.