"Inspirado em sentimentos reais, dedicado a um anjo real."
É
verdade, eu acredito em anjos.
Não me
refiro à integrantes de falanges celestiais, representados por
figuras estereotipadas de crianças com asas e auréolas; mas, anjos
humanos.
Do
contrário, como explicar que seres humanos tenham um grau de
desprendimento e doação que os faça surgir do nada nas nossas
vidas, iluminando com sua alegria quase constante e seu sorriso
fácil, honesto e autêntico, alguns dos nossos dias mais cinzentos?
Como
acreditar que alguém desenvolva tamanha empatia por outro ser
humano, que apenas e tão somente vendo pela vez primeira, transmita
a sensação de “amizade ancestral”, como se conhecesse desde os
tempos imemoriais; e mais, que gosta de você desde sempre?
Há anjos
humanos. Por essa razão, algumas pessoas “acontecem” nas nossas
vidas e... é como se estivessem lá, sempre – é assim que
sentimos e lembramos.
Como se
“mais-que-parentes” fossem, revelam um gostar, uma ligação, uma
amizade; por que não dizer: um amor! Um amor de origem desconhecida,
sem motivos aparentes, sem ligação racional; é puro afeto,
respeito e alegria.
Há anjos
de luz. Luz se origina não se sabe de onde e se projeta no brilho do
olhar, na amplitude do sorriso, no calor calmo do abraço, no gesto
mínimo e despretensioso que finda por ser mais eloquente que
qualquer discurso elaborado.
Cuja
sensibilidade, infinitamente mais destacada cala com um olhar terno –
ainda que só por alguns segundos, uma grande dor, um enorme
sofrimento, uma angústia cruel.
E é com
simplicidade encantadora, que tais anjos despertam algo de bom em
todos com quem têm contato. Conquistam afeto e admiração; e
semeiam, com sua alegre presença os mais inesperados sorrisos.
Semeiam o bem; por que fazem aflorar em cada um que seu caminho tem a
felicidade de cruzar, o que de melhor existe em si. Provocam e
instigam o questionamento que leva à inevitável conclusão: Eu
posso ser melhor.
Eu conheço um
anjo-humano.
Nosso contato foi
interrompido. Não questiono as razões.
A saudade será enorme,
mas, não direi adeus.
Despeço-me – por
hora, dizendo apenas...
Carinhoso beijo e até
um dia, DORINHA.
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